sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Curso das maletas da Senasp - 03

O segundo dia iniciou com aulas na parte da manhã, mas teve uma interrupção.

Desde o dia 19 de maio do ano passado a Direção do IC/AL e a Direção da PO/AL ainda não havia se reunido ou convocado reunião com os peritos criminais. Após deliberação entre os peritos estes "se convidaram" a entrar na sala do Sr. Roberto Liberato, coronel, médico e atual diretor geral da Perícia Oficial do Estado de Alagoas para provocar alguma manifestação a respeito das precárias condições de trabalho e ausência de valorização profissional da categoria.

Peritos expondo o cotidiano da Perícia Oficial ao
diretor geral da PO (sentado em primeiro plano).

Peritos criminais reunidos na sala do diretor geral da PO.
O diretor geral passou a explanar alguns encaminhamentos que vem sendo movidos por sua administração. Reconheceu as necessidades e ouviu as solicitações, mas como toda gestão pública, possuía suas limitações na burocracia governamental e em diversos entraves de ordem política e financeira. Ao grupo dos peritos, restou ouvir e voltar para o treinamento das maletas.

Tínhamos conosco, três peritos da Polícia Federal. Um fazia parte do treinamento e os outros dois estavam na condição de ouvintes.

Peritos federais assistindo às aulas com os peritos do IC/AL.
Ao longo da tarde tivemos instrução de aparelhos GPS, seus princípios de funcionamento, regras específicas do modelo ofertado na maleta e uma aula prática no estacionamento do IC/AL.

Peritos fazendo teste com os GPS´s durante a aula prática no estacionamento do IC/AL.

Suely e Nicholas acompanhando as instruções do professor Gilberto.

Retornando para a sala de aula, todos acompanharam a exposição de uso do programa especializado em identificar impressões papilares digitalizadas. E, no final do dia, reunião com os peritos que aguentaram a "maratona" de quase 24 horas de exposição em dois dias (dois turnos de 12 horas com intervalo mínimo para almoço).

Última instrução sobre o software de identificação papiloscópica.

Conversa final, agradecimentos e despedida do instrutor e alunos.

O treinamento, particularmente, foi uma ótima revisão do que já se conhecia em técnica e equipamentos para perícia. O que só comprova que o profissional alagoano é bem dotado de conhecimentos da sua área de atuação. Com as maletas a prática agora será possível e um lampejo de valorização profissional é sentida nos olhares destes peritos.

Ainda está longe de ser percebido isso oriundo do governo local, uma vez que as maletas são um incentivo do Governo Federal, mas com certeza é uma porta para melhorias na Perícia Oficial do Estado de Alagoas.


Curso das maletas da Senasp - 02

A orientação era a de que o número de peritos treinados seria o mesmo que o de maletas. Assim, Alagoas que foi contemplada com dez maletas, teria treinamento para dez peritos. Os demais receberiam repasse destes dez peritos treinados.

No entanto, preferiu-se colocar todos na mesma sala: "titulares" do treinamento e os "ouvintes". No final das contas todos puderam participar das atividades, ainda que nem todos praticassem todas as práticas das aulas.

Rosana e Milena conhecendo os diversos itens da maleta.

Cristiane e José Veras aproveitando a instrução.

Sala apertada que recebeu a grande maioria dos peritos do IC/AL.
Ao longo do dia 23 o instrutor expôs cada um dos itens que compõem a maleta.


Um deles é o exame de determinação de sangue humano, ilustrada sua prática abaixo.


Perita Adriana Sarmento executando um teste sobre sangue humano.

Acompanhamento dos diversos peritos dos testes de sangue.
Ilustração de um dos teste de comprovação de sangue
humano (faixas indicadas pelas setas vermelhas).
No final do primeiro dia, o instrutor Gilberto Toyota ainda expôs e executou testes práticos com as luzes forenses. Pude confirmar não apenas a detecção de manchas de origem biológica (esperma, saliva, sangue, etc.) com o uso das luzes, mas também a captura das imagens com câmera digital (a da própria maleta) usando apenas filtros na frente da objetiva.


Posicionamento das diversas manchas de experimentação (seta vermelha) no piso da sala de aula.

Início do experimento - uso da luz forense UV (ultravioleta).
Resultado final na câmera fotográfica com o filtro adequado.
Uma observação muito interessante no caso das luzes forenses é que o campo de abrangência das pequenas lanternas não é muito grande. Apesar de haver na maleta um difusos, para fins de fotografia o melhor resultado pode ser obtido com algumas estratégias de fotografia.

Adiantando a um post específico mais à frente, digo que à vista armada ou desarmada as lanternas dão conta de pequenas áreas. Principalmente porque o perito fará uma "varredura" da área de interesse e a busca de vestígios se torna perfeitamente eficiente. Mas quando se trata de registrar fotograficamente esta mesma área, mesmo com o difusos acoplado, a iluminação pode não prestigiar todo o assunto a ser fotografado (tapete, assento ou espaldar de poltrona, peça de roupa, etc.)

Uma solução é promover uma exposição longa com ajuste no obturador da câmera digital e literalmente "pintar" o assunto a ser fotografado com a luz da lanterna utilizada.

Farei mais comentários futuramente, com fotografias, obviamente!

PS. A última imagem acima, com o resultado da luz forense, foi obtido de uma distância de aproximadamente 1,5 metro, daí um certo desfoque.

Curso das maletas da Senasp - 01

Depois de três meses de recebidas as dez maletas da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), Alagoas, pelo seu Instituto de Criminalística, promove o treinamento do uso delas.

Veja em: http://periciacriminalalagoana.blogspot.com/2011/10/chegaram-as-maletas-da-senasp.html

As famosas maletas de equipamentos e consumíveis da Senasp.

Instrutor Gilberto Toyota e em primeiro plano as maletas.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Curiosidades do touch screen



No último Natal ganhei um celular novo! É um celular com o recurso "touch screen", ou tela sensível ao toque.

Curioso para saber como funciona, acessei o "santo Google" e pus parâmetros simples de pesquisa: "touch screen" e "como funciona". Cliquei logo na primeira opção:


Matem a curiosidade de vocês, se quiserem, mas vejam o último vídeo da página: "Pattie Maes presenta el dispositivo Sexto Sentido en TED". Devem haver vídeos similares, certamente.

Mas neste link acima duas coisas me chamam a atenção:

1) a "realidade aumentada" é um fato cada vez mais próximo de nós. Hoje tenho um celular que fotografa, me localiza (GPS), oferece mapas e imagens, além de acesso à internet e pesquisas instantâneas acerca de quase tudo! Fora o fato de fazer ligações telefônicas!

Há um tempo atrás eu comparava o celular atual a um verdadeiro recurso de "telepatia". Comunicação instantânea com quem você quiser (e possuir um celular semelhante!). Um pouco mais de rapidez e "hardware" adequado e entraremos no mundo de Minority Report". Eis a sugestão do vídeo sugerido.


Tudo isso pode mudar, e muito, a forma como nos organizamos no mundo. Envolve trabalho e lazer, relacionamentos com as pessoas e a própria estrutura da sociedade como a conhecemos hoje. Pensem como já mudamos apenas com o uso do celular "simples" (todos possuem ao menos uma linha - chip - e já nem cogitamos estar "fora do alcance" de nossos entes queridos ou colegas de trabalho). Ficha telefônica é objeto de coleção!

2) a exposição do produto não passa de 8 (oito) minutos! Apenas um exemplo de que uma palestra para transmitir uma ideia não precisa ser demorada. O conteúdo deve valer mais que o discurso. E parece que a apresentadora consegue isso razoavelmente bem.

Qual será o futuro dos laudos periciais? Papel? Prazo para entrega? O futuro dirá.



Link direto para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=YVvJw4FJmUU&feature=player_embedded