LOCAL 01 (14h15) - Ocorrência sem vítima na capital!
Às 12h50 chega no IC um chamado para atender uma ocorrência de arrombamento de veículo.
Eu e o motorista saímos com uma viatura fazendo um barulho danado no motor e com a buzina sem funcionar. No meio do caminho decidimos abrir o capô para descobrir a origem de tanto barulho.
Primeiro descobrimos que o cabo (de aço) do acelerador estava com um nó estranho! Funcionava, mas a "gambiarra" estava lá.
Nosso maior espanto foi descobrir porque a buzina não estava funcionando.
A buzina estava simplesmente solta, sacolejando entre as polias da correia do alternador. Boa parte da carcaça plástica estava desgastada e talvez faltasse pouco para romper a correia de borracha.
Arrancamos a buzina fora e prosseguimos para o local do arrombamento.
Curiosamente não encontramos o veículo a ser periciado. Nem seu proprietário. Fomos à delegacia que solicitou o exame e não encontramos o delegado, nem o chefe de serviço. Para não perder a viagem ainda formos ao centro de operações da secretaria de defesa social e, pasmem, mas também não encontramos o operador da mesa da Perícia Oficial!
Em resumo, eu e o motorista, transitamos 35 quilômetros, por duas horas, para não encontrar ninguém! Nem vítima, nem delegado, nem agentes de polícia, nem mesmo o operador da nossa mesa específica de operações!
E para piorar, tanto na ida quanto na volta para o local, passamos por 04 (quatro) acidentes de trânsito (colisão simples, sem vítima fatal, de motocicletas) sem que pudéssemos atender porque já estavamos designados para uma perícia que não ocorreu...
LOCAL 02 (02h38) - Cadáver encontrado em Maragogi.
Frustrado, mas não desanimado, retornamos para o IC e aguardei um segundo chamamento. Desta vez a 142 km de Maceió.
Saímos de Maceió às 23h30 e chegamos na delegacia à 01h30.
Viaturas, à noite, sob a luz do holofote do estacionamento (fotografia sem flash). |
Chegando na delegacia de Maragogi. |
Na delegacia só havia um agente de polícia que só abriu a porta para dizer que estava sozinho. Aguardamos a viatura do IML e uma guarnição da polícia militar que nos acompanharia até o local na zona rural.
Foram 2,3 km por estrada de (muito) barro fora da rodovia AL-101 Norte, após a entrada de Maragogi.
Era tanta lama que apenas a viatura do IC chegou mais próximo do local indicado para fornecer iluminação com os faróis do veículo. O pessoal do IML veio à pé.
Algumas destas imagens foram obtidas com uso do flash embutido da câmera (Nikon D90), mas também tive de desligá-lo para capturar as melhores luzes da cena, como abaixo:
Vista interna do "rabecão". |
Motorista Manoel Messias conduzindo a viatura do IC. |
Ainda com a mesma configuração da câmera para pouca luz, conseguir registrar o tráfego da viatura do IML à frente da nossa pelas ruas de Maceió (vejam abaixo).
Viatura do IML voltado para a base em Maceió. |
Vale lembrar que a obtenção destas imagens é incompatível com o uso da função automática das câmeras semi-profissionais. É preciso que o fotógrafo realmente se encoraje a experimentar outros modos de exposição. No futuro pretendo esmiuçar como podemos conciliar detalhamento com rapidez na fotografia em um levantamento pericial.