Depois de janeiro, com 13 levantamentos, iniciamos fevereiro com apenas um levantamento, por enquanto.
O Sistema de Gestão Operacional Unificado - Sisgou - registrou as ocorrências de cada um dos peritos plantonistas no dia 05 de fevereiro:
Percebam acima que nossa colega Suzana da Perícia da Força Nacional também estava de plantão e comentou comigo que estava tendo dificuldades em fazer fotografias à noite.
(Vejam um levantamento da Suzana neste link: "
Plantão dia 11 de maio de 2013").
Coincidentemente o meu levantamento foi à noite e assim abusei da câmera para fazer testes.
Primeiro uma sequência de imagens do trajeto até a Central de Flagrantes e depois até o local dos exames (clique nas imagens para ampliar). Obviamente não foi utilizado o flash embutido.
No sentido horário, começando pelo canto superior esquerdo, seguimos a viatura da Polícia Civil que nos indicou o local dos exames. Na segunda imagem o registro da chuva que caía naquela madrugada (eram 4h36 no momento da foto). Choveu bastante em parte do trajeto (terceira imagem), mesmo assim abusei de tentar registrar a entrada do pólo industrial que fica na avenida Durval de Góes Monteiro tirando uma foto da minha janela com o vidro fechado (quarta imagem).
Nestas quatro primeiras imagens a viatura estava o tempo todo em movimento. Foi utilizada sensibilidade ISO 3200, diafragma f/4,2 compensação de exposição +2.0, usei o programa prioridade para obturador ajustado para 1/30 segundos. Embora seja uma velocidade muito lenta, a sensibilidade alta permitiu nitidez.
Usei também o redutor de vibração (VR), incluso em algumas objetivas Nikon.
Abaixo, ao estacionar a viatura, ainda fiz uma última foto de dentro da viatura. Não foi uma boa exposição. Não deu tempo para fazer novos ajustes. Desci e tirei fotos da fachada do imóvel a ser periciado.
Tirei duas fotos da fachada e abaixo mostro alguns detalhes de ambas.
O flash é uma luz branca e a câmera reconhece sua própria iluminação artificial quando acionada manualmente (no modo P) ou automaticamente (modo Auto). Se deixá-lo desligado a captura da imagem precisa receber ajustes de cor (controle de balanço de branco), mas costumo ser "preguiçoso" e ajusto posteriormente com o editor de imagem.
Observação: a D90 e a D7000, ambas da Nikon, possuem um ajuste fino de cores que dispensa qualquer uso de edição posterior, mas em perícia nem sempre tenho tempo de fazer ajustes finos.
A primeira característica marcante do uso do flash, e principalmente durante a chuva, é o "congelamento" dos pingos d'água! Vejam abaixo na primeira dupla de imagens comparativas (flash ligado à esquerda e desligado à direita):
Nas duas imagens acima percebe-se que a luz (amarela) do poste de iluminação pública ficou registrado num fio mais próximo. Mesmo com o flash a cor amarela não foi suprimida. Na segunda imagem o fio ficou muito próximo da borda da imagem.
Quando reduzimos a velocidade do obturador a tendência é os pingos d'água "riscarem" a imagem, como aparece na segunda imagem.
Abaixo a segunda dupla de imagens comparativas reforçam o "congelamento" dos pingos (indicados pelas setas brancas na primeira imagem).
Na terceira dupla de imagens, repetindo o mesmo local exibido na dupla anterior, tento indicar a presença de sombras e luzes que o uso do flash suprime quando ligado.
Na primeira imagem registra-se apenas a luz do flash e assim ocorre o reflexo da parede vermelha sobre o cimentado molhado da calçada. Na segunda imagem, além de persistir o reflexo da parede, percebe-se ainda a luz que vem da porta aberta do imóvel a ser periciado. Essa mesma luz do primeiro cômodo é refletida no pavimento molhado (indicado por três setas brancas e nomenclatura).
Algumas vezes vemos coisas que nossas câmeras não sabem como registrar. Por isso é interessante estudar e fazer testes para, eventualmente, obter exatamente o que se visualiza a olho nu.
Este levantamento, feito de madrugada para examinar danos residenciais, me lembrou outra perícia que fiz em condições semelhantes, mas há oito anos (em 2006)! A chuva era a mesma com a desvantagem da inundação temporária da pista, mas o levantamento foi no final da tarde. Clique nas imagens para ampliar.
Retornamos para a base com o dia já claro.
Ao subir as escadas do Instituto de Criminalística, vemos o espaço em reforma do futuro laboratório do IC. Por enquanto utilizado apenas pelos felinos de ocasião!
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Algo que sempre me deixa feliz pelo caráter de organização e informação são as placas de indicação e informação de diversas naturezas. Uma destas vi na Central de Flagrantes, quando fomos atender o local acima. Ela mostra todos os municípios de Alagoas e suas áreas de atendimento pela Polícia Civil. Isso é bom para o cidadão, mas é ótimo para o funcionário, que precisa saber para bom andamento de seu próprio trabalho.
No final do ano passado distribuí uma cópía do mapa rodoviário de Alagoas para cada uma das equipes plantonistas. Precisamos saber onde fica cada município. Ainda que existam outras fontes (celulares, p. ex.) o local de trabalho precisa lembrar e relembrar de suas rotinas para os funcionários.
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Mapa de Alagoas e suas áreas de atendimento pela Polícia Civil. |