Clique na imagem para ampliar. |
Além do corpo, vieram duas objetivas: uma "normal" de 50 mm e uma "zoom" de 18 a 200 mm (vejam abaixo).
Também foram adquiridos tripé e flash auxiliar para cada câmera, juntamente com uma bolsa para transporte.
"Kit" básico de campo. Excluí o tripé e o flash auxiliar. |
Montei um conjunto para testar e como o levantamento era pelo dia, dispensei o tripé e o flash auxiliar. Mesmo pelo dia estes itens podem ser necessários, mas a natureza do exame solicitado não exigia.
Ainda na porta do IC experimentei a capacidade de zoom da objetiva 18-200 mm.
Com uma resolução de 18 Mpx, explorei a ampliação digital (cortes no arquivo original).
Abaixo repeti o teste de resolução para visualizar uma placa que fica a 350 metros da entrada do IC. O impressionante é que o recorte foi feito numa imagem capturada na distância focal de 18 mm, ou seja grande angular. O recorte ficaria ainda melhor se a imagem fosse produzida sob DF 200 mm.
Saímos na viatura e levei a câmera sobre as pernas. É assim que fico constantemente de prontidão para fotografar durante o deslocamento. Aproveitei para testar captura contra a luz:
Lembrando: como a luz da janela é mais forte que o interior do veículo, então precisamos "forçar" o flash para registrar os detalhes do interior. É preciso desligar os automatismos da câmera para acionar o flash deliberadamente (programa "P)".
No trajeto para o local de crime optamos por uma via que passa por trás do aeroporto. Vejam mapa abaixo:
Como foi possível visualizá-lo, pensei em fotografar. Ainda que eu tenha marcado um ponto no GPS para saber minha localização no momento da foto, é possível "encontrar" esse lugar pela hora registrada na fotografia. A hora exata em todos os equipamentos facilita o cruzamento das informações.
Desta forma também é possível encontrar imagens que produzi na câmera no momento em que fui fotografado pelo celular.
Isso é muito importante em perícia. Além da captura das imagens, registrar a data e a hora das mesmas. Imprescindível na verificação de tacógrafos, por exemplo.
Vejam abaixo a foto feita a cerca de 6 km de distância. Clique nas imagens para ampliá-las.
À esquerda temos o campo visual original (imagem capturada) e à direita um corte com edição de luz e nitidez. A viatura estava em movimento. Percebe-se uma estaca de cerca de arame farpado em desfoque de movimento na primeira imagem.
Brinquei de "congelar" movimentos usando o programa "Tv" ou "S" ("Shutter Priority"). A câmera controla todos os outros ajustes e libera o obturador para o usuário.
Com a viatura em movimento "parei" a margem da pista (o retrovisor sempre nítido por estar parado em relação à câmera). Também "congelei" as rodas de uma motocicleta ultrapassada pela viatura (os raios e a sombra parecem parados).
O tempo usado para "congelar" foi de 1/1000 segundos, mas isso pode variar de assunto para assunto.
No local de crime me comportei como se estivesse com a minha câmera. Bolsa pendurada nos ombros e máquina na mão. Nesta câmera há uma bandoleira que passei pelo pescoço.
Temos de caminhar e nos abaixar com frequência. Para evitar impactos indevidos, a câmera anda sempre junto ao corpo ou dentro da bolsa.
Por causa dos automatismos, é possível usar a câmera apenas com uma das mãos, mas constantemente altero a distância focal (zoom) e, dependendo das condições de iluminação, tenho de usar os atalhos para efetuar ajustes rápidos e as duas mãos ajudam bastante.
Uma das vantagens do grande zoom é poder aproximar o assunto sem necessariamente se aproximar tanto. Vejam exemplo abaixo (postura e resultado correspondente).
Obviamente existem consequências que precisam ser administradas. A vibração é uma delas. Usar o estabilizador é uma solução, mas também gasta bateria. Nada que assuste, principalmente se houver bateria reserva para emergências.
Especialmente neste levantamento, por volta das 9h30, o sol estava muito forte e produz o que chamamos de luz "dura", ou seja, uma distinta diferença entre zonas claras e escuras. Vejam abaixo:
Zonas claras demais e sombras escuras demais. |
LEVANTAMENTO SOB SOL FORTE
Um dos segredos do fotógrafo eficiente é saber controlar a luz. Como neste caso ela é "dura" (primeiro quadro abaixo), então você a "exclui" fazendo uma simples sombra sobre o assunto (se coloca entre o sol e o tema ou pede a ajuda de um auxiliar). Eventualmente será preciso uma luz extra incidente, então você "força" o flash (segundo quadro abaixo). Pode aumentar o zoom para delimitar toda a área artificialmente sombreada (terceiro quadro) - importante para a fotometria automática - e, com o flash acionado, obtém uma imagem que depois de editada (corte) se consegue resultado muito bom (quarto quadro abaixo).
Se o caso fosse à noite, para fotografias próximas (relacionadas e de detalhes), toda a luz necessária seria fornecida pelo flash embutido. Panorâmicas exigiriam ajustes na sensibilidade da câmera e ou uso combinado do flash auxiliar (externo).
A nova câmera é uma SLR ("Single Lens Reflex") digital que pode funcionar com alto grau de automatismo (faixa verde na imagem abaixo) ou entregar vários controles (faixa vermelha) ou mesmo o controle total (programa M) ao usuário.
Dial seletor de modos de fotografia. |
O modo A+ (em verde) libera apenas o disparador para o fotógrafo. Todo o resto é feito pela câmera (com exceção do enquadramento, é claro!).
O modo P é o recomendado para otimizar a tarefa do perito em campo. Ele proporciona razoável grau de automatismo (ajuste de obturador e diafragma, por exemplo), configurado pelo usuário e permite acionar outros ajustes conforme a necessidade (compensação e uso do flash, por exemplo).
Com o tempo terei oportunidade de testar mais recursos (período noturno, por exemplo) e eventualmente publicar aqui.