terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Visita dos alunos do CFAP

Ontem, 5 de dezembro, vinte e oito alunos do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar de Alagoas visitaram as instalações do Instituto de Criminalística.


O itinerário começou na sala de uma das equipes plantonistas que atendem locais de crime e passou pelos setores de Documentoscopia, Balística e Laboratório (Química e DNA).

Ao longo da visita os alunos puderam conhecer a estrutura da perícia e ouvir as explicações dos peritos criminais lotados nos respectivos setores.


A visita era atividade extracurricular da disciplina de "Isolamento e Preservação de Local de Crime". Então foi possível reforçar as principais atitudes que auxiliam na elucidação de alguns crimes cometidos nas ruas.

A perita Milena Testa apresentou os mais modernos equipamentos do setor de Documentoscopia e fez demonstrações. Mostrou que atende demandas tanto internas (coletas de locais de crime), quanto externas (solicitações de delegacias e Poder Judiciário).


Na Balística foram apresentados os tipos de exames executados e a demanda atendida.

Explanações no setor de Balística: perito criminal Lucas Nascimento.

Os peritos criminais Ricardo Leopoldo e Ângelo Lima explicaram o fluxo de trabalho e os exames de microcomparação balística. Também foram feitas demonstrações.



No laboratório, os peritos criminais Rosana Coutinho e Ken Ichi Namba apresentaram os setores de DNA e química forense.



Mais uma vez foram lembrados os benefícios de um isolamento e preservação bem feitos do local de crime. Os vestígios tratados no laboratório são sensíveis e facilmente degradáveis. Por outro lado, podem identificar substâncias e indicar autorias com uma precisão superior.

Ao final salientamos a importância da visita e o estreitamento das relações entre as instituições policial e pericial.

Final da visita com incentivo a novas visitas e trocas de ideias.

Links disponíveis:
Alunos do CFAP conhecem sede do IC (Perícia Oficial)
Alunos do CFAP conhecem sede do IC (Polícia Militar)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Dia do Perito Criminal - 4 de dezembro



"Resgatando a história, lembramos que a escolha do dia 4 de dezembro como o Dia Nacional do Perito Criminal foi uma homenagem ao patrono dos peritos criminais, Otacílio de Souza Filho, que nasceu nesse dia e morreu tragicamente, em 1976, após sofrer uma queda de um precipício, quando periciava duas mortes ocorridas em local de difícil acesso, no interior do Estado de Minas Gerais. As vítimas, um casal de geólogos, ao colherem amostras de rochas para estudos, caíram de um desfiladeiro vindo a falecer. O local, de difícil acesso, provocou outra vítima, desta vez o perito Otacilio de Souza Filho, que ao tentar chegar até o local onde encontravam-se os corpos das vítimas, perdeu o equilíbrio e caiu, vindo a falecer de forma idêntica do casal de geólogos. A data de 4 de Dezembro, Dia Nacional do Perito Oficial, foi criada através da Lei nº 11.654, de 15 de abril de 2008."

Texto pesquisado nos sites abaixo:

Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul
Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Curso de Fotografia em Sergipe


De 21 a 25 de novembro ministramos um curso de fotografia forense em Aracaju, Sergipe.

Foi uma iniciativa do Sindicato dos Peritos Oficiais de Sergipe - Sinpose com a colaboração da Academia de Polícia Civil de Sergipe.
Havia duas situações interessantes para este curso: tanto os peritos quanto as câmeras entraram recentemente para o serviço público!


Nas aulas foram utilizados dois modelos de câmeras reflex: a Nikon D3300 e a Canon T5.

Para bom entendimento do tema, algumas perguntas precisam ser respondidas (Heptâmetro de Quintiliano): o que é fotografia forense? Quem a produz e por quê? Onde e quando é produzida? E, finalmente, como e com o que é produzido o registro fotográfico forense?

Geralmente as duas últimas perguntas são mais críticas. Os peritos oficiais já sabem o que é, quem deve fazer, onde, quando e por quê fazer. Resta aprender a usar o novo equipamento e executar as especificidades da perícia.



Não deixamos de fortalecer a responsabilidade do perito pelo levantamento fotográfico e informamos as exigências legais de sua execução.

Inicialmente apreciamos diversas imagens de modo a possibilitar a "educação" do olhar. É importante identificar a luz e sua direção sobre os objetos a serem fotografados. Isso auxilia na obtenção da imagem em condições difíceis de iluminação, por exemplo.


Ultrapassada a apreciação e execução de uma fotografia comum, passamos a conhecer os parâmetros que podem ser controlados numa câmera ajustável como as do tipo "reflex" que são atualmente disponibilizadas nos institutos de criminalística do país.


Exposta a teoria, significando que vamos lembrá-la constantemente durante as prática, vamos às práticas!

Primeiro um teste rápido de segurança no disparo e enquadramento do assunto.


Depois vários exercícios de foco, travamento do foco, reenquadramento, profundidade de campo e distância focal.


Um exercício de "luz de preenchimento", para assuntos sombreados cuja medição da luz pela câmera desligaria o flash automático.


Depois dos exercícios de "sala de aula" (sombra e água fresca), passo aos "exercícios de campo" (muito sol e suor!). Apesar do desconforto, é uma ótima aproximação de como, frequentemente, o perito é exigido para tirar suas fotografias forenses.



Montei a cena no estacionamento da Acadepol e usei meu próprio veículo que já vinha com "denominação" adequada!


Experimentamos as tomadas gerais, relacionadas e detalhadas, verificando ainda distâncias focais (18 a 55 mm) e testando o uso de escalas nos vestígios menores.

No último dia fizemos exercício prático em sala escura para testar as configurações em baixíssima luminosidade. Assim fizemos captura de feixe de laser verde e registro de material luminescente (mostrador de relógio de pulso).


A todo instante os alunos testavam as instruções e faziam suas próprias fotos instantâneas. Registo duas abaixo:

Uma interessante composição do perito Uilames. Impressão digital
nítida no primeiro plano, escala informando o evento e o fotógrafo
discretamente no segundo plano.

A perita Thayse registrou seu próprio ato de fotografar. Vê-se no primeiro plano, nítido,
a cena que se deseja registrar. E ao fundo a cena em si, desfocada para sobressair o interesse
na operação da câmera fotografada.

Acredito que o diferencial do curso é aproximar alunos de alguém "experimentado", mas que muitas vezes a coisa se revela apenas numa leitura antecedente dos manuais dos equipamentos e dos livros de teoria. A prática reiterada faz do aluno, mestre. E não precisa ser a trabalho. Informalmente podemos nos aprimorar. Neste aspecto senti muito entusiasmo e energia nos colegas de Sergipe. Espero retornar para aprender ainda mais.


Sugestão de links:
Link para manual da Canon T5.
Link para manual da Nikon D3300.
Apostila "Aprenda a fotografar em 7 lições", de Cláudia Regina.