"'Close-up' é um termo que se aplica a uma vasta gama de situações, desde o retrato busto até imagens de tamanho natural (reprodução 1:1). O termo <<macrofotografia>> aplica-se às imagens maiores do que o motivo, até uma ampliação cerca de 10 vezes maior. Para se conseguir amplicações ainda maiores, o motivo deverá ser fotografado através do microscópio - é a <<microfotografia>>."
Eis que, nas palavras de John Hedgecoe, "close-up" é o termo genérico para uma ampliação do assunto. Macrofotografia começa do tamanho natural do motivo até dez vezes de ampliação. Mais que isso é microfotografia. (O Manual do Fotógrafo, John Hedgecoe, 1982, 6ª ed. página 106).
Em criminalística iniciamos com a visão "normal" dos eventos (objetiva de 50mm?). Com o apuro das investigações e a constatação de que várias respostas são obtidas nos pormenores, então uma visão em "close-up" foi se tornando necessária.
Temos algumas estratégias para "ver em detalhes". Ampliar uma imagem é a forma mais simples e direta.
Essa estratégia depende em boa medida da resolução original da imagem.
Outra estratégia é simplesmente acrescentar uma lente de aumento na frente da objetiva. Existem "filtros" como acessórios que são baratos e práticos.
Desta forma, não apenas a imagem original fica maior e mais nítida, como qualquer ampliação por meio de recorte tem melhor qualidade que no recorte simples:
No entanto, nenhuma destas estratégias ultrapassa a qualidade que pode ser obtida por meio de uma objetiva do tipo "macro", específica para diminuir a distância entre a objetiva e o assunto a ser fotografado.
Abaixo uma sequência de ampliações obtidas com uso da objetiva original (18-105 mm) e com uma lente de aumento (x10) acoplada na frente. Também com seus respectivos recortes.
Acima, o que pode ser obtido com a objetiva original da câmera. Apenas fazendo o recorte e aproveitando a resolução de 12 Mpixels da câmera.
Abaixo o uso da lente de aumento e a estratégia de recorte:
Abaixo já me utilizo de um equipamento específico: um microscópio digital. Mostro as imagens originais obtidas nos aumentos 20x, 50x e 250x.
Na maior ampliação ainda é possível fazer recortes:
Para apresentar esse tema, ainda não estou considerando as dificuldades e especificidades na captura das imagens.
Fico empolgado em pensar no seguinte: como esta técnica interfere:
a) na abordagem do local de crime (o que deve ser fotografado?);
b) nas possibilidades da investigação subjetiva (o que pode ser indagado aos suspeitos?);
c) na comunicação visual do laudo (quando e como deve ilustrar as análises periciais).
Certamente existem outras indagações. E advirto que me circunscrevo à perícia de local de crime. Os resultados de exames complementares de laboratório podem exigir outros recursos de comunicação e ou registro de suas análises.
Uma visão geral do cotidiano de um Perito Criminal do Estado de Alagoas e suas impressões, opiniões e sugestões para compreender e melhorar esse serviço público.
segunda-feira, 22 de maio de 2017
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Como mesclar fotos com o Photoshop
Mostrei na última publicação uma estratégia no levantamento fotográfico que é o de mesclar imagens. Nos celulares que possuem esse recurso, chamam estas imagens de "panorama".
O artíficio é útil quando:
a) há impossibilidade de se capturar todo o assunto com a objetiva utilizada ou quando a distância até o assunto é muito curta, e;
a) quando você entende que a imagem obtida facilitará a compreensão do assunto fotografado.
O artifício não é imprescindível, apenas útil em algumas situações. Lembrando que, em geral, a imagem fica mais deformada.
Sempre utilizei o Photoshop. Então vou mostrar os menus dele.
Capturam-se tantas imagens quantas sejam necessárias para compor a imagem final. No mínimo duas. É preciso sobrepor uma parte delas para que o aplicativo possa usar as áreas duplicadas para mesclar convenientemente.
Nas imagens acima eu até exagerei na sobreposiçao. Basta sobrepor um terço e não dois terços como fiz.
Outro detalhe é que a câmera não deve se deslocar, apenas girar sobre o plano focal. Quanto mais curta a distância ao assunto, mais crítico esse giro.
A imagem resultante do caso acima está abaixo:
Depois de capturadas as imagens é só abrir todas no Photoshop.
A sequência dos menus é a seguinte: File - Automate - Photomerge.
Abre-se a caixa de diálogo abaixo.
Basta marcar a opção - adicionar arquivos abertos - (add open files) e clicar em OK. Se as imagens atenderem bem a sobreposição será feita uma mesclagem no layout "auto".
Geralmente a mesclagem deixa a imagem com "rebarbas" decorrentes das múltiplas imagens ou por causa do layout escolhido. Então faço um corte para ajustar e poder usar a imagem no padrão comum de apresentação: retangular.
A ferramenta de corte e redimensionamento está ilustrada abaixo no mesmo aplicativo:
As fotos vão para os laudos no tamanho comum de 15 x 10 cm e geramente uso a resolução próxima a da impressora corrente.
Abaixo outro exemplo de mesclagem (automática) usando nove imagens de uma sala:
Vejam como ficam "rebarbas" por causa de cada uma das imagens moldadas na mesclagem. Então faço um corte que contemple a maior área possível. O resultado final é mostrado abaixo:
Observem a deformação nas linhas do piso. É uma imitação de uma imagem normalmente capturada numa objetiva grande angular.
Abaixo uma mesclagem no layout "Perspective".
As imagens isolamente são deformadas com excesso que é para obter uma vista em perspectiva. O resultado final, após o corte, está abaixo.
Comparem com o resultado "automático". No modo em perspectiva as linhas do piso já estão retas!
Nos celulares não há muitas edições disponíveis. A imagem já sai pronta. Certamente é interessante acompanhar as evoluções desse recurso nos telefones.
Não cheguei a fazer testes, mas durante um levantamento é possível usar o celular para não perder a possibilidade de ampliar a comunicação visual no laudo. Porém, eu discutiria a respeito da segurança das imagens e protocolos de levantamento pericial. No momento, finalizo aqui.
O artíficio é útil quando:
a) há impossibilidade de se capturar todo o assunto com a objetiva utilizada ou quando a distância até o assunto é muito curta, e;
a) quando você entende que a imagem obtida facilitará a compreensão do assunto fotografado.
O artifício não é imprescindível, apenas útil em algumas situações. Lembrando que, em geral, a imagem fica mais deformada.
Sempre utilizei o Photoshop. Então vou mostrar os menus dele.
Capturam-se tantas imagens quantas sejam necessárias para compor a imagem final. No mínimo duas. É preciso sobrepor uma parte delas para que o aplicativo possa usar as áreas duplicadas para mesclar convenientemente.
Nas imagens acima eu até exagerei na sobreposiçao. Basta sobrepor um terço e não dois terços como fiz.
Outro detalhe é que a câmera não deve se deslocar, apenas girar sobre o plano focal. Quanto mais curta a distância ao assunto, mais crítico esse giro.
A imagem resultante do caso acima está abaixo:
Depois de capturadas as imagens é só abrir todas no Photoshop.
A sequência dos menus é a seguinte: File - Automate - Photomerge.
Abre-se a caixa de diálogo abaixo.
Basta marcar a opção - adicionar arquivos abertos - (add open files) e clicar em OK. Se as imagens atenderem bem a sobreposição será feita uma mesclagem no layout "auto".
Geralmente a mesclagem deixa a imagem com "rebarbas" decorrentes das múltiplas imagens ou por causa do layout escolhido. Então faço um corte para ajustar e poder usar a imagem no padrão comum de apresentação: retangular.
A ferramenta de corte e redimensionamento está ilustrada abaixo no mesmo aplicativo:
As fotos vão para os laudos no tamanho comum de 15 x 10 cm e geramente uso a resolução próxima a da impressora corrente.
Abaixo outro exemplo de mesclagem (automática) usando nove imagens de uma sala:
Vejam como ficam "rebarbas" por causa de cada uma das imagens moldadas na mesclagem. Então faço um corte que contemple a maior área possível. O resultado final é mostrado abaixo:
Observem a deformação nas linhas do piso. É uma imitação de uma imagem normalmente capturada numa objetiva grande angular.
Abaixo uma mesclagem no layout "Perspective".
As imagens isolamente são deformadas com excesso que é para obter uma vista em perspectiva. O resultado final, após o corte, está abaixo.
Comparem com o resultado "automático". No modo em perspectiva as linhas do piso já estão retas!
Nos celulares não há muitas edições disponíveis. A imagem já sai pronta. Certamente é interessante acompanhar as evoluções desse recurso nos telefones.
Não cheguei a fazer testes, mas durante um levantamento é possível usar o celular para não perder a possibilidade de ampliar a comunicação visual no laudo. Porém, eu discutiria a respeito da segurança das imagens e protocolos de levantamento pericial. No momento, finalizo aqui.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Plantão do dia 7 - começando pela manhã
Dez minutos depois de iniciado o plantão do domingo e já tínhamos ocorrência para atender.
Município de Barra de São Miguel, homicídio dentro de residência. Instrumento contundente, mas não só.
Da porta do pequeno imóvel (três ambientes), visualizava-se a enorme mancha de sangue mostrada acima.
O agressor utilizou um halteres artesanal, feito de cimento, para atingir a vítima deitada sobre um colchão e apenas na cabeça. Mas também utilizou um segmento de caibro de Massaranduba (madeira dura e pesada) e a ponta de uma chave Philips. Estes dois últimos instrumentos impactados na região peitoral.
A ampla área do halter não surpreende quanto às lesões na cabeça: vários afundamentos. O caibro poderia produzir víbices, que são lesões interessantes de se registrar. Mas o que me chamou a atenção foi registrar o ferimento produzido pela chave Philips.
Nas imagens acima, vê-se a extremidade do instrumento e três dos ferimentos produzidos na região esternal da vítima.
Registrar lesões é parte integrante do levantamento pericial de local de crime. Irá ilustrar o laudo e oferecer subsídios para o julgador avaliar a conduta do agressor. Mas também serve para "educar" a vista do perito. Ao longo do tempo inevitavelmente armazenaremos estas situações na memória, mas, se pudermos fazer um arquivo de imagens físicas, não só é possível refrescar a memória como também compartilhar com colegas e futuros peritos.
O espargimento de sangue foi abundante e praticamente tomou todas as superfícies e objetos que estavam no primeiro cômodo do imóvel.
A maneira usual de registrar fotograficamente a cena é tirar várias fotos de todas as superfícies relevantes. No entanto, aproveitei para fazer uma mesclagem digital de imagens.
Acima e à esquerda, a sequência de quatro imagens originais. No meio, a mesclagem feita pelo Photoshop. À direita, a imagem final redimensionada (clique nas imagens para melhor visualização).
A principal vantagem é suprir a ausência de uma objetiva grande angular. Mesmo utilizando uma de 18 mm não era possível oferecer o ângulo de visão apresentado pela imagem acima.
Fiz uma outra sequência de nove imagens para demonstrar a "construção" de uma visão de 180 graus:
A imagem acima é o resultado direto da mesclagem feita pelo aplicativo. É possível ver a soleira e o batente superior da porta.
Abaixo outro exemplo de mesclagem do mesmo ponto de vista: a partir da porta principal do imóvel, mas já no sentido horizontal.
Em alguns menus e aplicativos estas imagens são chamadas de "panorama". Dão uma sensação de imersão no local. Imitam o olhar humano. Certamente as filmagens são um passo adiante desta tentativa de trazer a cena de crime para o julgador, mas no caso, estamos falando em ilustrar um laudo, seja no papel, seja na tela de um monitor.
O efeito pode ser obtido ainda mais facilmente com os inúmeros recursos dos atuais aparelhos celulares, mas teríamos de discutir a segurança da imagem. Deixemos para outro momento.
Fizemos várias outras fotos do local. O levantamento inteiro tomou 212 fotografias.
Ainda bem que o ambiente era pequeno e a dinâmica da ação violenta não foi confusa. O agressor praticamente ficou parado golpeando a vítima.
Retornamos para a base, mas ainda tive outras duas ocorrências, à noite e fora de Maceió, para atender.
Município de Barra de São Miguel, homicídio dentro de residência. Instrumento contundente, mas não só.
Mancha de sangue produzida por espargimento sucessivo. |
Da porta do pequeno imóvel (três ambientes), visualizava-se a enorme mancha de sangue mostrada acima.
O agressor utilizou um halteres artesanal, feito de cimento, para atingir a vítima deitada sobre um colchão e apenas na cabeça. Mas também utilizou um segmento de caibro de Massaranduba (madeira dura e pesada) e a ponta de uma chave Philips. Estes dois últimos instrumentos impactados na região peitoral.
Instrumentos utilizados pelo agressor. |
A ampla área do halter não surpreende quanto às lesões na cabeça: vários afundamentos. O caibro poderia produzir víbices, que são lesões interessantes de se registrar. Mas o que me chamou a atenção foi registrar o ferimento produzido pela chave Philips.
(Clique nas imagens para ampliar)
Nas imagens acima, vê-se a extremidade do instrumento e três dos ferimentos produzidos na região esternal da vítima.
Registrar lesões é parte integrante do levantamento pericial de local de crime. Irá ilustrar o laudo e oferecer subsídios para o julgador avaliar a conduta do agressor. Mas também serve para "educar" a vista do perito. Ao longo do tempo inevitavelmente armazenaremos estas situações na memória, mas, se pudermos fazer um arquivo de imagens físicas, não só é possível refrescar a memória como também compartilhar com colegas e futuros peritos.
O espargimento de sangue foi abundante e praticamente tomou todas as superfícies e objetos que estavam no primeiro cômodo do imóvel.
A maneira usual de registrar fotograficamente a cena é tirar várias fotos de todas as superfícies relevantes. No entanto, aproveitei para fazer uma mesclagem digital de imagens.
Acima e à esquerda, a sequência de quatro imagens originais. No meio, a mesclagem feita pelo Photoshop. À direita, a imagem final redimensionada (clique nas imagens para melhor visualização).
A principal vantagem é suprir a ausência de uma objetiva grande angular. Mesmo utilizando uma de 18 mm não era possível oferecer o ângulo de visão apresentado pela imagem acima.
Fiz uma outra sequência de nove imagens para demonstrar a "construção" de uma visão de 180 graus:
A imagem acima é o resultado direto da mesclagem feita pelo aplicativo. É possível ver a soleira e o batente superior da porta.
Abaixo outro exemplo de mesclagem do mesmo ponto de vista: a partir da porta principal do imóvel, mas já no sentido horizontal.
Em alguns menus e aplicativos estas imagens são chamadas de "panorama". Dão uma sensação de imersão no local. Imitam o olhar humano. Certamente as filmagens são um passo adiante desta tentativa de trazer a cena de crime para o julgador, mas no caso, estamos falando em ilustrar um laudo, seja no papel, seja na tela de um monitor.
O efeito pode ser obtido ainda mais facilmente com os inúmeros recursos dos atuais aparelhos celulares, mas teríamos de discutir a segurança da imagem. Deixemos para outro momento.
Fizemos várias outras fotos do local. O levantamento inteiro tomou 212 fotografias.
Ainda bem que o ambiente era pequeno e a dinâmica da ação violenta não foi confusa. O agressor praticamente ficou parado golpeando a vítima.
Recolhimento do cadáver pelo IML. Curiosos próximos, infelizmente. |
Retornamos para a base, mas ainda tive outras duas ocorrências, à noite e fora de Maceió, para atender.
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Experimentando a distância focal, de novo!
No ano passado, plantão do dia 08 de dezembro, eu tinha feito uma sequência de fotos para ilustrar o efeito de diferentes distâncias focais durante um levantamento pericial. E havia até esquecido de publicar aqui! Então, para enriquecer o que foi mostrado na publicação imediatamente anterior a esta, eis mais dois exemplo, num mesmo caso:
(Clique nas imagens para ampliar.)
Acredito que ficou mais visível a deformação produzida pela distância ajustada para "grande angular" (abaixo de 50 mm).
Acompanhem as imagens capturadas, mostradas à esquerda. A calçada à direita e a distância relativa dos curiosos ao fundo. O guidom da motocicleta vai diminuindo gradativamente!
Vejamos outro ângulo e uma constatação:
Percebam que não foi possível fazer a foto na distância focal de 50 mm ("normal"). Então assumimos uma certa deformação. Perfeitamente visível quando usamos a distância focal de 18 mm. O efeito é de que o centro da imagem está saltando pra fora da tela.
O mesmo ocorre com o rosto, quando tiramos o retrato do cadáver. Daí a necessidade de sempre se ajustar a distância focal para 50 mm e guardar uma certa distância do assunto.
Outra experimentação neste caso foi a foto detalhada de um orifício nas vestes escuras da vítima.
Com o fundo escuro, a medição automática da câmera pode não permitir a visualização de detalhes, obtidos com uma certa superexposição. No caso usei a compensação da câmera em até dois pontos.
A vítima suportou apenas dois disparos de arma de fogo. Um no cotovelo o outro na região frontal (testa), cujas características de entrada ficaram bem evidentes:
(Clique nas imagens para ampliar.)
Acredito que ficou mais visível a deformação produzida pela distância ajustada para "grande angular" (abaixo de 50 mm).
Acompanhem as imagens capturadas, mostradas à esquerda. A calçada à direita e a distância relativa dos curiosos ao fundo. O guidom da motocicleta vai diminuindo gradativamente!
Vejamos outro ângulo e uma constatação:
Percebam que não foi possível fazer a foto na distância focal de 50 mm ("normal"). Então assumimos uma certa deformação. Perfeitamente visível quando usamos a distância focal de 18 mm. O efeito é de que o centro da imagem está saltando pra fora da tela.
O mesmo ocorre com o rosto, quando tiramos o retrato do cadáver. Daí a necessidade de sempre se ajustar a distância focal para 50 mm e guardar uma certa distância do assunto.
Outra experimentação neste caso foi a foto detalhada de um orifício nas vestes escuras da vítima.
Com o fundo escuro, a medição automática da câmera pode não permitir a visualização de detalhes, obtidos com uma certa superexposição. No caso usei a compensação da câmera em até dois pontos.
A vítima suportou apenas dois disparos de arma de fogo. Um no cotovelo o outro na região frontal (testa), cujas características de entrada ficaram bem evidentes:
Clássico ferimento perfurocontuso de entrada. |
segunda-feira, 1 de maio de 2017
Experimentando a distância focal em local de crime.
A distância focal de uma lente é uma consequência de sua construção e montagem na objetiva de uma câmera fotográfica. Acredito que o link da Wikipédia: distância focal, supra a maioria das dúvidas. Inclusive lá é possível consutar a diferença entre objetiva "normal", "grande angular" e "teleobjetiva".
Em tempo: chama-se de objetiva "normal" aquela que se aproxima do ângulo de visão do olho humano. É a distância que menos deforma o assunto fotografado. Então, para perícia, é importante considerar como uma distância padrão. Situações extremas podem exigir mudança desse padrão.
Não gostaria de entrar em detalhes técnicos, mas ilustrar alguns efeitos da distância focal.
A depender de sua escolha, se trocando a objetiva fixa ou ajustando o "zoom" (objetivas de distância variável), o principal efeito seria o de aproximar ou afastar o assunto fotografado. Atente para as imagens abaixo. Depois veja os parâmetros de distâncias focais inseridas em cada imagem.
Neste caso o fotógrafo está imóvel. Mudando a distância focal é possível "aproximar" o assunto.
Por outro lado, também é possível se aproximar fisicamente do assunto e, também, mudar a distância focal para "enquadrar" o assunto, ou seja, deixar o assunto totalmente dentro do fotograma (espaço da imagem registrada).
Foi o que fiz durante um levantamento. Testei três distâncias com uma objetiva 18-105 mm. Vejam as imagens duplas abaixo.
Na parte de cima, ilustro o posicionamento da câmera em relação ao assunto (incluindo a altura) e na parte de baixo, a disposição do assunto visto pela lente.
A primeira situação reflete a condição de menor deformação no assunto fotografado, pois é a que mais se aproxima do olhar humano desaparelhado. A segunda e terceira situação estão sob "grandes angulares" e portanto carregam deformações.
A deformação chega a passar desapercebida para a vista desacostumada, mas ela é perceptível quando exagerada. Então eu trouxe o exemplo abaixo para ilustrar isso. Inclusive já consegui esse (d)efeito em levantamentos.
Em resumo, para retratos - e em levantamentos periciais é preciso identificar o cadáver desta forma - temos de evitar grandes angulares para não "engordar" o rosto como no exemplo acima.
Em tempo: chama-se de objetiva "normal" aquela que se aproxima do ângulo de visão do olho humano. É a distância que menos deforma o assunto fotografado. Então, para perícia, é importante considerar como uma distância padrão. Situações extremas podem exigir mudança desse padrão.
A depender de sua escolha, se trocando a objetiva fixa ou ajustando o "zoom" (objetivas de distância variável), o principal efeito seria o de aproximar ou afastar o assunto fotografado. Atente para as imagens abaixo. Depois veja os parâmetros de distâncias focais inseridas em cada imagem.
Neste caso o fotógrafo está imóvel. Mudando a distância focal é possível "aproximar" o assunto.
Por outro lado, também é possível se aproximar fisicamente do assunto e, também, mudar a distância focal para "enquadrar" o assunto, ou seja, deixar o assunto totalmente dentro do fotograma (espaço da imagem registrada).
Foi o que fiz durante um levantamento. Testei três distâncias com uma objetiva 18-105 mm. Vejam as imagens duplas abaixo.
Na parte de cima, ilustro o posicionamento da câmera em relação ao assunto (incluindo a altura) e na parte de baixo, a disposição do assunto visto pela lente.
A primeira situação reflete a condição de menor deformação no assunto fotografado, pois é a que mais se aproxima do olhar humano desaparelhado. A segunda e terceira situação estão sob "grandes angulares" e portanto carregam deformações.
A deformação chega a passar desapercebida para a vista desacostumada, mas ela é perceptível quando exagerada. Então eu trouxe o exemplo abaixo para ilustrar isso. Inclusive já consegui esse (d)efeito em levantamentos.
Em resumo, para retratos - e em levantamentos periciais é preciso identificar o cadáver desta forma - temos de evitar grandes angulares para não "engordar" o rosto como no exemplo acima.
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