No último plantão do dia 08 de junho eu não precisei sair muito e por isso auxilei o colega Paulo Rogério em um levantamento de impressões papiloscópicas.
A situação era lataria escura de veículo. O pó recomendado era o branco. Consequentemente o suporte adequado para transportar a impressão seria com um fundo escuro para contrastar com o pó branco. De fato a maleta fornecida pela Senasp possui esses levantadores e nós os utilizamos.
Fizemos alguns testes com o pó fosforescente.
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Foto sob luz natural. |
Para iniciar os trabalhos fizemos um teste com os dois pós e registrei com algumas fotos. Na foto acima utilizei a luz natural para não influir no contraste oferecido pelos levantadores. À esquerda é o pó fosforescente verde em suporte branco e à direita é o pó branco em suporte escuro.
Abaixo utilizei o flash - que pode influir na percepção do pó branco sobre o suporte escuro. E na foto seguinte utilizei a luz forense com o filtro laranja.
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Foto utilizando o flash e câmera sem filtro. |
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Foto sob luz forense e câmera com uso de filtro laranja. |
Acima detalhe dos resultados obtidos. À direita pó fosforescente sobre suporte branco e sob luz forense com uso de filtro laranja e à esquerda pó branco sobre suporte escuro e sob luz branca sem uso de filtro.
Vale ressaltar que todas as fotos acima não receberam ajuste de cor ou luminosidade ou aplicação de qualquer filtro. As fotos abaixo podem ter recebido ajustes para melhor visualização.
O levantamento consistiu em aplicar o pó branco sobre a superfície da carroceria do veículo a ser pesquisado (foto 01 abaixo), localizar e enumerar a impressão mais significativa (foto 02), registrar fotograficamente seus detalhes (3) e efetuar seu levantamento por meio do levantador adequado (4).
Após eleger as impressões mais significativas para o caso, passamos a experimentar o pó fosforescente.
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Pó fosforescente e pincel aplicador. |
As etapas foram semelhantes, mas a área foi menor, já que se tratava de uma experiência. Aplica-se o pó sobre a área desejada (1), vê-se que o pó adere às impressões digitais já reveladas pelo pó branco (2), aplica-se a luz forense (3) e faz-se o registro (4).
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Usando a luz forense (foto sem uso do filtro laranja) |
Na foto acima utilizou-se o flash comum e por isso a cor verde, característica do pó fosforescente não é observada, mas uma vez com o filtro na câmera a visibilidade é patente! Fotos abaixo:
As setas vermelhas acima mostral a localização de impressões digitais sob o efeito da luz forense.
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Resultado final com o uso da luz forense. |
Percebe-se que realmente o suporte original da impressão digital desaparece. O pó brilha sob a luz forense e com a câmera armada com o filtro é possível registrar nitidamente a impressão digital.
Aplicando-se adequadamente filtros de um editor de imagem (Photoshop, neste caso) é possível obter uma imagem muito boa da impressão e assim facilitar o confronto papiloscópico posterior. Vejam abaixo:
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Imagem com inversão de cores e um pouco de escurecimento. |