Igrejinha no bairro de Bebedouro, Maceió/AL. |
Dia 11 de maio. O primeiro perito (Paulo Rogério) foi para Arapiraca (124 km de Maceió) e eu era o segundo do rodízio. Houve notícia de encontro de crânios. Quatro! Fiquei surpreso. Mas como era da alçada da Força Nacional (investigação de homicídios em Maceió e Rio Largo), então só pude me oferecer para acompanhá-los.
Suzana (perita da Força Nacional) e Lucas (papiloscopista da FN) foram designados para o local que fica na parte alta de Maceió, por trás e dentro do parque do Ibama. Uma área de mata fechada dentro da cidade.
Por si só já é uma área interessante para se visitar e sendo local de crime me ofereci imediatamente. Montei uma equipe completa, caso tivesse que atender outro local, e fui atrás dos peritos da FN.
Já no trajeto meti-me a registrar o que me desse na telha! A foto que abre esta publicação é de uma igrejinha que fica no tradicional bairro de Bebedouro, ainda na parte baixa da cidade, margeando a lagoa Mundaú. A partir deste ponto subimos uma ladeira que dá acesso ao bairro de Santa Amélia e de lá é possível avistar quase toda a lagoa Mundaú e adjacências.
Coqueiro Seco fica 4 km distante do bairro de Santa Amélia (linha reta) e o pólo industrial de Marechal Deodoro fica a 9 km. |
Nesta imagem o Centro de Maceió é visto a 4 km de distância |
O local, como eu disse, era dentro da reserva florestal do Ibama (clique na imagem para ampliar):
Traçado do percurso feito à pé pela mata. |
Vista da parte superior da mata. Em primeiro plano o papiloscopista Lucas da FN. |
Os crânios estavam sobre o leito da mata, expostos.
De longe era possível avistar o objetivo dos exames periciais. |
Detalhe da foto anterior (com rotação de 90 graus). |
Suzana e Lucas desceram até o nível do local, juntamente com o pessoal do IML. Eu fiquei na parte superior do terreno de onde poderia acompanhar e fotografar com o campo visual aberto e desimpedido.
Hélio e Correia do IML e Suzana e Lucas da FN. |
A última foto acima foi tirada pela Suzana. Sou eu e o motorista Humberto.
Na verdade a Suzana me "prometeu" um local de difícil acesso onde meus trajes não seriam adequados para caminhar na mata fechada e íngrime, mas terminou que não houve grandes dificuldades.
Fiz o levantamento topográfico usando o GPS Garmin Map 60CSx. Ela utilizava um Garmin Map 76CS. Ambos são compatíveis, mas somente o primeiro possui barômetro. Veja mais sobre GPS neste mesmo blog em: GPS, esse 'tacógrafo' digital.
Como ela pediu para saber o desnível entre o logradouro e o local dos exames dentro da mata, bastou consultar as propriedades dos pontos marcados nas duas extremidades do percurso feito à pé. O programa utilizado foi o Mapsource da própria Garmin.
Janelas do programa Mapsource da Garmin. |
A diferença de altitude ou elevação entre os pontos marcados é a distância vertical que percorremos ao longo dos 65 metros no sentido horizontal.
No final descobrimos que os crânios possivelmente foram furtados de algum cemitério e utilizados para fins de celebrar alguma ritualística heterodoxa!
Lembrando que esta não era uma chamada para mim. Apenas acompanhei os peritos da Força Nacional e tentei dar suporte no que pudesse ajudar (levantamento fotográfico e topográfico).
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