segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Perícia no cinema - O Colecionador de Ossos


O Colecionador de Ossos é um filme comumente citado nos debates que envolvem a perícia técnica em locais de crime.


Por mais que um filme seja baseado no real, há sempre aquele teor ficcional e de apelo que cativa os cinéfilos. Já no início do filme me espanto quando uma simples policial para um trem para proteger uma cena de crime! É o que a personagem de Angelina Jolie faz.


Como o filme se passa numa época antes dos celulares com câmeras fotográficas integradas, ela é obrigada a pedir a um garoto que assistia a parada do trem para comprar uma dessas câmeras "descartáveis" de filme! Dá até para ver a personagem girando o cartucho do filme!



Pode parecer pouco mas é uma das sequências que me cativa. Ali está a preocupação de "congelar" a cena para as investigações posteriores. O registro fotográfico pereniza a cena para os investigadores esclarecerem os fatos e os juízes julgarem melhor.

Sim, a cédula foi fotografada para servir de padrão dimensional. Na falta de uma escala milimetrada.

Lembrem-se que a personagem ainda era apenas uma policial. Esta performance enche os olhos do protagonista do filme que a eleva para a unidade de investigadores de cenas de crime.

No primeiro trabalho que a personagem faz dentro da unidade se vê algumas regras básicas de investigação de locais de crime.


Todo este cuidado e seriedade se deve pelo fato da fragilidade de certas provas e da certeza que os procedimentos devem transmitir aos destinatários da investigação.


A experiência do protagonista serve para cativar o público, mas para o Perito Criminal temos protocolos escritos para cumprir. E essa obediência traduz-se em credibilidade para a prova material.



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