Para qualquer levantamento fotográfico padrão, temos: fotos gerais, parciais e detalhadas.
A) gerais: panorâmica, uma “paisagem” do local, todos os
vestígios inclusos (mesmo que não distinguíveis) vias de acesso, céu e
multidão/equipe aparecem na imagem.
B) parciais: parcelas dos vestígios, localizando-os dentro
do local, inclusive porque nem todos podem estar no mesmo plano, mas todos
serão distinguidos nestas imagens. Momento de usar os
numeradores/identificadores.
C) detalhadas: praticamente um vestígio por foto. Com e sem
escalas métricas (duas fotos).
Para um levantamento fotográfico de cadáver no nível do chão
e sem maiores obstáculos temos o seguinte roteiro:
1) duas fotos panorâmicas (gerais) DO LOCAL em posições
opostas (mostra uma extremidade da rua e a outra extremidade);
2) duas fotos panorâmicas (gerais) DO CADÁVER em posições
opostas (tenta cobrir todos os vestígios que estão no chão e que poderiam ser
ocultados pelo cadáver, além de mostrar a posição do cadáver como foi
encontrado);
3) fotos parciais tanto quanto necessárias para cada
alteração vinculada ao caso (posição da cabeça, localização de ferimentos ou
grupos de ferimentos, disposição singular de pés e mãos, vestígios ou objetos
próximos, projéteis, estojos, armas, etc.);
4) foto de identificação do cadáver (a famosa “3x4” que deve
ser tirada a pelo menos um metro do rosto – para minimizar distorções);
5) fotos detalhadas de cada ferimento (vestígio), com e sem
escala, e outros vestígios que se apresentarem vinculados/relevantes para o caso
(projéteis, estojos, etc.);
6) fotos procedimentais: fixação da pulseira de
identificação do cadáver e do preenchimento do boletim de identificação do
cadáver.
Num exemplo de cadáver com ferimento único de entrada numa
rua sem confluências próximas, por exemplo, teríamos, no mínimo, 10
fotografias. Se houver alguma(s) repetição(ões) para garantia de captura ou
certeza de nitidez, poderíamos dobrar esse levantamento.
Vinte fotografias podem fazer uma cobertura razoável para um
caso bem simples de homicídio por arma de fogo, disparo único, sem
transfixação, em via pública.
Observação: o texto tenta quantificar mínima e objetivamente
um número de fotografias que tenha serventia na investigação de evento
criminoso com estas circunstâncias. Qualquer acréscimo de item ou dúvida do fotógrafo
ou mesmo outro tipo de evento com mais riqueza de detalhes, aumenta esse número
de imagens. Levantamentos corriqueiros pode ir de 30 a 200 ou mais imagens.
Excluindo-se outras formas de registro de imagens, como filmagens.
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