Módulo II |
Já publicamos parte das primeiras palestras do módulo I (clique aqui).
A mesa foi aberta com a presença da promotora da Bahia, Ana Rita, o Dr. Humberto Pimentel, promotor de Alagoas e o primeiro palestrante do dia: o Dr. Gerson Odilon, médico legista de Alagoas e ex-diretor do IML de Alagoas.
Dra. Ana Rita, Dr. Humberto e Dr. Gerson Odilon. |
Dr. Gerson Odilon, apresentou uma didática introdução da Medicina Legal, esmiuçou o tema das perícias médico-legais, os principais exames, os documentos elaborados pelos profissionais, a importância da disciplina e sua repercussão na sociedade. É bem sabido que a Medicina Legal possui diversos ramos, mas o palestrante restringiu a apresentação para o caso da tanatologia (estudo da morte), conforme previsão dos trabalhos.
Ao final da apresentação, percebeu-se que a teoria da Medicina Legal é importantíssima para a boa execução dos trabalhos, mas também ficou claro que existem dificuldades de ordem pragmática. Questionou-se o distanciamento entre Instituto de Criminalística e Instituto Médico Legal.
Perito Criminal Nicholas Passos. |
Entrega do certificado ao palestrante pela Dr. Karla Padilha. |
Em seguida foi a palestra da Perita Criminal Heloísa Kuser do Rio Grande do Sul, hoje trabalhando na Secretaria Nacional de Segurança Pública, em Brasília. O tema foi Ferramentas Periciais Aplicadas ao Local do Crime.
Segunda palestra - Perita Criminal Heloisa Kuser |
A Dra. Heloisa apresentou diversas ferramentas de trabalho para local de crime (técnicas e instrumentos). Como sou da área, já conhecia várias delas, mas sempre fico empolgado em saber como os colegas vão apresentá-las pois aparecem novas formas de exposição, fotografias e esquemas!
A novidade foi a ênfase no exame de microvestígios. Infelizmente, no cotidiano do onipresente "feijão com arroz", baseado em medições de trena de fita e algumas fotografias do posicionamento do cadáver, muitas vezes esquecemos do "detalhe". Sim, falamos tanto em vestígios, mas só nos contentamos com o que vemos de pé e sob a luz do sol. Os vestígios mais interessantes são justamente aqueles que podem ser revelados com instrumental adequado, cuidado na abordagem e principalmente postura para procurá-lo.
A apresentação da Dra. Heloisa nos fez lembrar isso. É preciso pensar macro, mas também micro, em se tratando de sinais de um crime.
Claro que dificuldades existem e tentaremos, na medida do possível, sobrepujá-las.
Ela também nos ofereceu uma pequena noção do que foi apresentado por peritos estrangeiros no último congresso de criminalística ocorrido no Rio Grande do Sul.
A terceira e última palestra foi apresentada pela 1ª Ten. Débora Cristina Scremin, da Polícia Militar do Paraná.
A Tenente fez uma exposição, também didática (ou seja, esmiuçou a teoria a respeito do tema) sobre local de crime. Mostrou as principais dificuldades e vícios enfrentados pelos policiais militares em locais de crime para efetuar o isolamento e aguardar a polícia civil e a perícia. Mostrou que no Paraná, boa parte dos problemas foram minimizados com a padronização de procedimentos por meio de uma portaria. Segundo ela, não foi uma tarefa fácil nem tampouco encontra-se acabada. Infelizmente fiquei sem acesso à portaria de que ela mencionou, mas vou procurar o conteúdo. É um material interessante para nortear outras polícias.
Não poderia deixar de mencionar os colegas peritos criminais que estavam no mesmo curso!
Da esquerda para a direita: Jailson, Paulo Rogério, Luciano, Neuma e Gardino. |
Adriana Sarmento, Milena Testa e Aldo Artêmio. |
Esta foto reúne os colegas de cursos anteriores! Eu, Heloisa, Lira e Nicholas. Estivemos juntos em Brasília em agosto de 2009. |
Algumas das fotos deste post foram obtidas comigo no fundo do auditório. Principalmente a da mesa de abertura e a do perito Nicholas durante os debates. Vale lembrar que a câmara possui redutor de vibração.
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