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Saindo de Maceió às 18h30. |
Foram duas solicitações. A primeira em Arapiraca, homicídio em logradouro público.
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Chegando no local às 21h40. |
Como começou a chover, pedi para ficar na viatura. Não tínhamos guarda-chuvas para todos. Ou melhor, só tínhamos um, que ficou com Charles, já que ele empunhava a câmera fotográfica.
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Charles sob chuva e protegendo a câmera. |
Fui para ajudar justamente no levantamento fotográfico, mas com tanta chuva fiquei na viatura. Então tentei fazer algumas fotos, através do párabrisa encharcado e sem auxílio do limpador!
Se a pretensão fosse artística, teria havido algum lucro, mas só obtive alguma coisa desfocada, mas deu para registrar o trabalho.
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Trabalho sob chuva o tempo inteiro. |
Duas observações importantes. Primeiro o registro foi de dentro da viatura através de um vidro completamente molhado sob chuva constante. E, segundo, o levantamento foi feito durante todo o tempo sob chuva cerrada... Jairo teve de tirar e torcer a camisa para tirar o excesso de água. Charles teve um pouco mais de sorte, mas molhou as mangas da camisa e extremidades das calças.
O segundo levantamento foi mais tranquilo com relação ao ambiente. Suicídio por enforcamento dentro de residência no município de Major Isidoro.
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Fachada do imóvel onde foi feito o levantamento do suicídio. |
De início percebi uma problemática que merece uma "dica de fotografia"!
Estava garoando quando chegamos na residência e precisávamos registrar a fachada do imóvel. O problema é acionar o flash durante a chuva. Vejam na primeira imagem que os pingos de chuva mais próximos da câmera terminam por refletir a luz forte do flash.
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Comparativo entre duas situações sob chuva. |
Para evitar o aparecimento das circunferências brancas, uma solução é simplesmente desligar o flash e fazer os ajustes para a câmera capturar a luz ambiente, quando possível. Foi o caso. Acima temos um comparativo.
No ambiente interno encontrei outra situação para fazer comparações e sugerir melhorias na fotografia: o uso de difusão ou rebatimento da luz do flash.
Duas áreas desta imagem foram usadas para ilustrar os diversos modos de fotografia. |
As imagens abaixo estão sem edição (clareamento e ou controle de nitidez). Apenas alterei a forma de usar ou não o flash com ajuste único na compensação de exposição na quarta imagem das duas fotografias abaixo.
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Clique na imagem para ampliar. |
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Clique na imagem para ampliar. |
Mantive a sensibilidade em ISO 800 (para diminuir o ruído). A objetiva estava estacionada em 18 mm (grande angular).
Eu me posicionei no cômodo da sala de jantar e meus colegas estavam no cômodo vizinho (cozinha) que se ligavam por um amplo portal (dá pra ver a viga na parte superior da imagem). Fiz o desfoque proposital sobre o cadáver da vítima (centro da imagem).
Observado que as melhores imagens são as que foram tiradas com difusor, abaixo fiz uma edição para melhorar ainda mais a captura.
Vale lembrar que a edição é uma melhoria sobre o que já está bom. Não serve para "salvar" fotos, embora seja possível fazer alguma coisa em fotos escuras (as claras já perderam a informação).
Abaixo mais alguns registros deste segundo levantamento. Já lançando mão da difusão de luz.
Clique na imagem para ampliar. |
Abaixo um flagrante do flash disparado pelo meu colega. Claro que fiz várias fotos até coincidir o tempo que ele fotografava e eu registrava.
Um detalhe interessante, a lanterna dele está acesa e iluminando a lateral da bolsa da câmera (estava pendurada no pulso). Vejam o semicírculo na coxa direita. Para mim isso deu mais vivacidade onde existem muitas áreas escuras no uniforme.
Eu não detalhei como foi feita a difusão de luz do flash. Farei isso na próxima publicação.
Voltamos para Maceió e chegamos no Instituto de Criminalística às 3h30 da manhã...
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