quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Plantão dia 10 de agosto - acompanhando colega

Desta vez fui literalmente de carona no banco traseiro da viatura. Fui acompanhar nosso colega Charles, com a condução da viatura pelo colega Jairo.

Saindo de Maceió às 18h30.

Foram duas solicitações. A primeira em Arapiraca, homicídio em logradouro público.

Chegando no local às 21h40.

Como começou a chover, pedi para ficar na viatura. Não tínhamos guarda-chuvas para todos. Ou melhor, só tínhamos um, que ficou com Charles, já que ele empunhava a câmera fotográfica.

Charles sob chuva e protegendo a câmera.

Fui para ajudar justamente no levantamento fotográfico, mas com tanta chuva fiquei na viatura. Então tentei fazer algumas fotos, através do párabrisa encharcado e sem auxílio do limpador!

Se a pretensão fosse artística, teria havido algum lucro, mas só obtive alguma coisa desfocada, mas deu para registrar o trabalho.

Trabalho sob chuva o tempo inteiro.

Duas observações importantes. Primeiro o registro foi de dentro da viatura através de um vidro completamente molhado sob chuva constante. E, segundo, o levantamento foi feito durante todo o tempo sob chuva cerrada... Jairo teve de tirar e torcer a camisa para tirar o excesso de água. Charles teve um pouco mais de sorte, mas molhou as mangas da camisa e extremidades das calças.

O segundo levantamento foi mais tranquilo com relação ao ambiente. Suicídio por enforcamento dentro de residência no município de Major Isidoro.

Fachada do imóvel onde foi feito o levantamento do suicídio.

De início percebi uma problemática que merece uma "dica de fotografia"!

Estava garoando quando chegamos na residência e precisávamos registrar a fachada do imóvel. O problema é acionar o flash durante a chuva. Vejam na primeira imagem que os pingos de chuva mais próximos da câmera terminam por refletir a luz forte do flash.

Comparativo entre duas situações sob chuva.

Para evitar o aparecimento das circunferências brancas, uma solução é simplesmente desligar o flash e fazer os ajustes para a câmera capturar a luz ambiente, quando possível. Foi o caso. Acima temos um comparativo.

No ambiente interno encontrei outra situação para fazer comparações e sugerir melhorias na fotografia: o uso de difusão ou rebatimento da luz do flash.

Duas áreas desta imagem foram usadas para ilustrar os diversos modos de fotografia.

As imagens abaixo estão sem edição (clareamento e ou controle de nitidez). Apenas alterei a forma de usar ou não o flash com ajuste único na compensação de exposição na quarta imagem das duas fotografias abaixo.

Clique na imagem para ampliar.

Clique na imagem para ampliar.

Mantive a sensibilidade em ISO 800 (para diminuir o ruído). A objetiva estava estacionada em 18 mm (grande angular).

Eu me posicionei no cômodo da sala de jantar e meus colegas estavam no cômodo vizinho (cozinha) que se ligavam por um amplo portal (dá pra ver a viga na parte superior da imagem). Fiz o desfoque proposital sobre o cadáver da vítima (centro da imagem).

Observado que as melhores imagens são as que foram tiradas com difusor, abaixo fiz uma edição para melhorar ainda mais a captura.

 

Vale lembrar que a edição é uma melhoria sobre o que já está bom. Não serve para "salvar" fotos, embora seja possível fazer alguma coisa em fotos escuras (as claras já perderam a informação).

Abaixo mais alguns registros deste segundo levantamento. Já lançando mão da difusão de luz.

Clique na imagem para ampliar.

Abaixo um flagrante do flash disparado pelo meu colega. Claro que fiz várias fotos até coincidir o tempo que ele fotografava e eu registrava.

Um detalhe interessante, a lanterna dele está acesa e iluminando a lateral da bolsa da câmera (estava pendurada no pulso). Vejam o semicírculo na coxa direita. Para mim isso deu mais vivacidade onde existem muitas áreas escuras no uniforme.


Eu não detalhei como foi feita a difusão de luz do flash. Farei isso na próxima publicação.

Voltamos para Maceió e chegamos no Instituto de Criminalística às 3h30 da manhã...

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