terça-feira, 6 de março de 2012

Primeiro plantão de março - caso 1 de 3

Março, mês do meu aniversário, começou com três casos no primeiro plantão do dia 3:

Caso 1 - colisão de veículos na rodovia BR 104 - 16h50
Caso 2 - morte violenta - arma de fogo - no Vale do Reginaldo - 23h58
Caso 3 - morte violenta - arma de fogo - na Barra Nova - 07h23

Inadvertidamente consegui me fotografar durante o primeiro levantamento!

Meu reflexo na janela do veículo!
Tive sorte quanto à luz para fotografia. Às 17 horas o sol está bem baixo, fraco e ainda existe muita luminosidade suave. Além disso não faz muito calor!

Ainda não mostrei como mesclar fotos num laudo. Neste caso fiz uma sequência de fotos para este fim. E passo a mostrar agora.

Inicialmente é preciso produzir uma sequência de fotos sobrepostas, como as ilustradas abaixo.

Captura de imagens sobrepostas durante o levantamento.
 Reparem que sempre tem um elemento ou parte da fotografia que se reproduz na seguinte. É preciso deixar esta "sobra" para que o computador mescle as imagens numa só, como abaixo:

Mesclagem definitiva produzida pelo computador.
 Existem opções de mesclagem. Os comandos foram tirados do aplicativo Photoshop (file + automate + photomerge).

Percebam que o programa "junta" e "deforma" as imagens até que elas tenham uma coerência segundo os parâmetros escolhidos na janela de diálogo do programa (auto, perpective, cylindrical, reposition only, interactive layout).

Uma vez mescladas, por conta das deformações, eu seleciono a forma mais "agradável" para publicar no laudo. Preferencialmente de modo a resgatar a maior área possível. Veja abaixo:

Seleção da forma final da mesclagem.
 A imagem selecionada toma as feições de uma fotografia "grande angular". Na verdade é uma grande angular virtual, eletrônica. Vide abaixo:
Imagem final que irá para o laudo pericial.
Minha finalidade com esta estratégia é dar mais visibilidade do local por meio de uma imagem panorâmica.

Muitos indagarão: por que você não usa uma lente grande angular? Respondo: minha lente é uma zoom 18-55 e mesmo no ângulo máximo não consigo chegar nem perto de uma "olho de peixe" (lente na faixa de 6 mm que obtém até 360 graus de visibilidade). Por isso faço uma imitação "eletrônica".

Ainda não explorei todo o potencial desta técnica, mas ela facilita por usar pouco equipamento (qualquer câmera funciona) e ser rápida. Fotografo tudo que desejo e depois mesclo segundo os propósitos da explanação pretendida no laudo.

O processo ainda apresente algumas variáveis que devem ser controladas. Observem as áreas selecionadas abaixo:
Áreas selecionadas para comentários.
1) Desalinhamento durante a mesclagem - às vezes as fotos originais não estão perfeitamente alinhadas. Então o computador não faz "milagres". Termina deixando algumas falhas.


Desalinhamento de imagens percebida na "quebra" da fita zebrada.

Mesma falha neste ponto da imagem - "quebra" da fita zebrada.
2) Deformação das imagens periféricas - Neste caso é inevitável por conta da opção de mesclagem desejada. Mesmo numa lente real a deformação existiria. Então não é algo inteiramente indesejado, mas inerente ao processo de se "juntar" imagens com uma determinada pretensão.

Setor da imagem original.

Mesmo setor da imagem após o processo de mesclagem.
O controle se faz escolhendo criteriosamente as imagens que se deseja mesclar e de que forma a mesclagem será feita (cilíndrica ou pesrpectiva, p. ex.).

O caso dois será comentado no próximo post.

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