segunda-feira, 22 de abril de 2013

Plantão do dia 5 de abril - Força Nacional

A perícia da Força Nacional está atuando em Alagoas do seguinte modo:

a) faz perícia apenas em locais de homicídios (objetivo do Programa Brasil Mais Seguro);
b) só atua em Maceió e no município vizinho de Rio Largo (estas áreas mudam conforme a necessidade do programa);
c) só atua nos três primeiros casos de homicídios do plantão (mas já foi diferente). Os restantes as equipes locais fazem o levantamento para a Delegacia de Homicídios, que também possui agentes e delegados da Força Nacional.

Por isso, na noite do dia 5, a quarta chamada foi atendida por mim! O interessante foi a disposição dos locais. Estavam alinhados e o rabecão do IML só poderia estar em um local de cada vez. Não custava aguardar a equipe terminar de trabalhar e acompanhá-los até o quarto local. Vide mapa abaixo:

Maceió e litoral Norte do município.
Saindo do Centro de Maceió - sede do IC/AL - seguimos para o bairro de Cruz das Almas, onde a Força Nacional fazia seu levantamento. O local da "Força Alagoana" era no bairro mais distante, mas seguindo pela mesma arterial, no bairro de Ipioca. Dez quilômetros separavam os dois locais.

A Força Nacional possui seu próprio veículo, mas utiliza outros quando necessário.

Dispensei o flash em todas as fotografias para não atrapalhar os trabalhos.

O local era relativamente simples: contenda entre dois homens com uso de arma branca dentro de um lote coberto onde funcionava uma oficina.


De cara já se observa a curiosa delimitação física do local do crime feita pelos policiais militares! Passaram a fita zebrada pelos pilares de uma cobertura simples no meio do lote, onde estava o cadáver. Praticamente "isolaram" o cadáver, mas não o lote inteiro onde se deu a contenda. Para isso bastaria fazer o controle do acesso ao lote que era por meio de um portão.

Ninguém da equipe investigativa ou pericial refez o isolamento ou mesmo providenciou o controle junto ao acesso, provavelmente porque estava chovendo e o portão não tinha cobertura...


Os exames foram os regulamentares para casos deste tipo. Busca nos arredores, vestes, perinecroscopia no cadáver, fotografia, topografia e, no caso do papiloscopista, coleta das impressões digitais.

Busca de vestígios no local e junto ao cadáver.

Finalização dos trabalhos com
revisão das anotações.

Lembrando que a Força Nacional também está padecendo de equipes reduzidas. Enquanto que no Rio de Janeiro a Delegacia de Homicídios leva agentes e delegados para locais, juntamente com uma equipe pericial composta de perito, papiloscopista e legista, aqui em Alagoas as equipes se reduziram a um perito e um papiloscopista. (No início eram dois peritos, um papiloscopista e um motorista local).

Após os trabalhos da Força Nacional, a equipe do IML foi liberada para ir para o quarto local. Segui sozinho com o motorista na viatura do IC. Geralmente dispenso o fotógrafo.

Com a viatura do IML à frente, refiz os mesmos testes de fotografia que fiz no plantão anterior: foto de veículos em movimento. Além do movimento e de ser no período noturno, desta vez também chovia!

Viatura do IML distante cerca de 20 metros da viatura do IC.

Já com a experiência anterior consegui melhorar a foto aproveitando a luz dos postes quando incidiam diretamente na viatura do IML (precisava clicar entre um poste e outro!).

Ampliação da foto anterior.
Ampliação máxima mostrando a placa da viatura.

Percebam que existe uma perda de qualidade da imagem, próprio do uso forçado da sensibilidade mais alta do sensor (ISO), mas consegui registrar a placa do veículo. Utilizei a objetiva 18 - 105 mm da Nikon. A distância aproximada era de 20 metros entre os veículos.

O segundo chamado foi um alarme falso de homicídio. Na verdade, morador solitário, padecendo de patologia, morreu em sua residência e só foi descoberto dias após.

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