quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Plantão do dia 30 de janeiro

O último plantão do mês de janeiro manteve a "tranquilidade" do penúltimo plantão, embora tenha demandado uma viagem e um levantamento de homicídio.

No município de Barra de Santo Antônio a solicitação era para periciar três imóveis em que seus moradores perceberam invasão em seus domicílios.


As fechaduras foram cuidadosamente violadas. Alguém com boa experiência no uso de chaves genéricas ou gazuas conseguiu abrir as portas e furtar pequenos objetos de pelo menos três residências na mesma madrugada!


Infelizmente os moradores já tinham manipulado excessivamente os objetos de interesse para perícia e ficamos sem ter muito material (papiloscópico, p. ex.) para coletar.

Eu e o motorista almoçamos na delegacia, a convite do delegado e seus agentes. Todos já se conheciam mutuamente de outros momentos.

A segunda ocorrência atendida foi um homicídio executado de maneira bem comum em Maceió. Vítima à pé alvejada por infratores em motocicleta. O evento é tão rápido e "limpo" que a maioria das testemunhas não consegue fixar a cena devido à emoção e pouquíssimos vestígios são deixados no local.

Segunda ocorrência atendida: homicídio em via pública.

Três disparos certeiros na cabeça.

Não atendi mais ocorrências neste dia.

Números de janeiro de 2014:

13 relatórios de levantamentos, mas o exame toxicológico não conta;
1083 fotografias dos levantamentos fotográficos;
415 fotografias utilizadas nos laudos;
103 páginas de laudos (apenas cinco laudos prontos, faltam sete);
1000 quilômetros percorridos para ir e voltar dos locais.

Números do ano passado (2013):

64 relatórios de levantamentos (alguns não requerem laudo);
4.639 fotografias dos levantamentos fotográficos;
1.843 fotografias utilizadas nos laudos;
836 páginas de laudos (em 46 laudos entregues);
10.200 quilômetros percorridos para ir e voltar dos locais.

Algumas tabelas do ano de 2013:

Quantidade de fotografias totais, usadas em laudos e páginas de laudos.

Distância total percorrida mês a mês.

Tempo médio de atendimento em local de crime mês a mês.

Observação: em agosto estive de férias e em outubro tirei licença médica, por isso os índices zeraram naqueles meses.

Com estes números é possível calcular itens interessantes. Por exemplo, se um perito, em média, percorre dez mil quilômetros no ano, 24 peritos (da gerência de perícias externas) podem vir a percorrer 240 mil quilômetros. Curiosamente, cada uma de nossas duas novas viaturas Pajero Dakar já estão com os odômetros marcando mais de 125 mil quilômetros cada uma. Parte das viagens também são feitas com as Paratis.

Se um perito chega a tirar quase cinco mil fotografias no ano, 24 peritos tiram 120 mil fotos. Uma câmera fotográfica reflex amadora (como a minha Nikon D90) suporta pouco mais de 40 mil cliques do obturador. Imagine que se o Instituto de Criminalística possuir duas câmeras deste tipo, muito provavelmente elas apresentarão defeito antes de terminar o ano!

É com base nestes dados simples que podemos fazer planejamentos seguros para manter um serviço ininterrupto e de qualidade para a população.

Veja mais sobre durabilidade de câmeras fotográficas nestes links: "sua câmera tem vida útil" (tabela de cliques) e "Quanto dura uma câmera digital?".

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