Em tempo: chama-se de objetiva "normal" aquela que se aproxima do ângulo de visão do olho humano. É a distância que menos deforma o assunto fotografado. Então, para perícia, é importante considerar como uma distância padrão. Situações extremas podem exigir mudança desse padrão.
A depender de sua escolha, se trocando a objetiva fixa ou ajustando o "zoom" (objetivas de distância variável), o principal efeito seria o de aproximar ou afastar o assunto fotografado. Atente para as imagens abaixo. Depois veja os parâmetros de distâncias focais inseridas em cada imagem.
Neste caso o fotógrafo está imóvel. Mudando a distância focal é possível "aproximar" o assunto.
Por outro lado, também é possível se aproximar fisicamente do assunto e, também, mudar a distância focal para "enquadrar" o assunto, ou seja, deixar o assunto totalmente dentro do fotograma (espaço da imagem registrada).
Foi o que fiz durante um levantamento. Testei três distâncias com uma objetiva 18-105 mm. Vejam as imagens duplas abaixo.
Na parte de cima, ilustro o posicionamento da câmera em relação ao assunto (incluindo a altura) e na parte de baixo, a disposição do assunto visto pela lente.
A primeira situação reflete a condição de menor deformação no assunto fotografado, pois é a que mais se aproxima do olhar humano desaparelhado. A segunda e terceira situação estão sob "grandes angulares" e portanto carregam deformações.
A deformação chega a passar desapercebida para a vista desacostumada, mas ela é perceptível quando exagerada. Então eu trouxe o exemplo abaixo para ilustrar isso. Inclusive já consegui esse (d)efeito em levantamentos.
Em resumo, para retratos - e em levantamentos periciais é preciso identificar o cadáver desta forma - temos de evitar grandes angulares para não "engordar" o rosto como no exemplo acima.
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