quarta-feira, 27 de novembro de 2013

3º dia - Curso Local de Crime Senasp

Terceiro dia do Curso de Local de Crime Integrado com Balística, Laboratório, Papiloscopia e Medicina Legal, promovido pela Senasp em João Pessoa/PB.

O início do terceiro dia se deu com o professor Jorge Carvalho, Perito Criminal na Bahia.


Com seu carisma e sotaque peculiar do baiano, fez uma exposição introdutória básica a respeito de conceitos de papiloscopia e suas técnicas de revelação.


Inclusive várias das técnicas de revelação apresentadas já são de domínio exemplar pelos peritos criminais de Alagoas. Algumas já expostas aqui no blog em publicações anteriores, incluindo pós fosforescente, uso de luzes forenses e tratamento digital de imagens ("Levantamento Papiloscópico - pó branco e fosforescente") e com uso exclusivo de levantamento fotográfico ("Levantamento papiloscópio 'fotográfico'").

Depois o professor esmiuçou detalhes do funcionamento de sistemas automatizados de identificação por impressões digitais (Automated Fingerprint Identification System - AFIS).


Boa parte da exposição do professor Jorge Carvalho era conhecida pelos peritos criminais presentes, mas como a exposição da professora Priscila (DNA Forense), nem sempre sabemos de todo o potencial da ferramenta e da especialidade.

A aula foi bastante interessante do ponto de vista de conhecer os conteúdos dos bancos de dados disponíveis. O que eles podem fornecer como informação viável para a investigação e como devemos inserir os dados no sistema.

Um detalhe da aula foi informar/reforçar que fotografias de impressões papiloscópicas devem vir acompanhadas de escalas. Isso facilita a inserção dos dados no sistema AFIS.

Pela tarde tivemos aula de Informática Forense com o professor Luiz Rodrigo Grochocki, perito criminal do Estado do Paraná.


O professor Luiz apresentou-se bastante formal com voz monocórdica e poucas expressões. Iniciou a aula com um questionário de pesquisa para testar nossos conhecimentos em matéria de informática forense. Foi intrigante. A exposição inovou por veicular diversas perguntas e ainda continuar testando nossa perspicácia quanto a equipamentos e programas de informática. Muitos alunos chegaram ao final da aula com a certeza de que nada sabiam sobre computadores e aplicativos!

O computador e seus periféricos "convencionais".

Perfeitamente coerente com as grandes inovações tecnológicas e experiente com os ardis dos criminosos neste âmbito de trabalho, o professor praticamente brincou com os nossos preconceitos e ideias preconcebidas a respeito de informática.

Ele apresentou novos equipamentos em "embalagens" convencionais e equipamentos antigos em embalagens inovadoras. Isso vale muito para o perito de campo que precisa identificar e coletar evidências eletrônicas.


Alguns procedimentos foram expostos e discutidos, mas boa parte do material também foi disponibilizado para consulta posterior.

Passo a passo da perícia em informática.

Como vários institutos são deficientes em perícias desta natureza, mais importante se tornou os alertas a respeito de uma boa coleta das evidências em local de crime.

Foi uma das poucas aulas em que os alunos, mesmo utilizando notebooks, deixaram seus emails e perfis do Facebook de lado para acompanhar todas as explicações do professor... de informática!

No final do dia convidei os colegas Paulo Rogério e José Cláudio, juntamente com os colegas do Rio Grande do Norte, Marcos e Paulo, para jantar numa lanchonete já conhecida por mim.

Jantar numa lanchonete e retorno para o hotel no final do terceiro dia.

Veja também o quarto dia do curso.

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