quinta-feira, 7 de novembro de 2013

4º dia - Curso Fotografia Forense Senasp

Quarto dia do Curso de Fotografia Forense promovido pela Senasp em Maceió/AL.


Num misto de tristeza e felicidade, finalmente o curso “engrenou”. Primeiro porque só aconteceu no quarto dia e depois porque foram os primeiros 55 minutos que valeram a pena. Explicarei.

A professora Vanessa Hackmann (fotos abaixo), técnica em fotografia forense, expôs conceitos de macrofotografia.


Para fixar os conceitos adequadamente a professora utilizou esquemas didáticos (= fáceis de entender para o leigo). Vejam alguns deles:




Curiosidade: para inserir estas imagens, utilizei o zoom de 105 mm da Nikon D90 sentado numa posição oblíqua ao plano de projeção da apresentação. Com isso a imagem ficava distorcida no original. Fiz a devida correção de plano no Photoshop e ajustei luminosidade e contraste. Veja uma das etapas da edição abaixo:


Certamente veremos isso amanhã, na aula de edição de imagens.

Mesmo no intervalo, antes da aula prática, os colegas já estavam entusiasmados em explorar as possibilidades do “macromundo”!


Durante o intervalo organizei algumas anotações que fiz na primeira parte da aula inspirado na exposição da professora. Formulei quatro perguntas para incentivar uma reflexão:

1) O que é macrofotografia?
2) Qual o melhor equipamento/acessórios?
3) Como sobrepujar as contingências do Poder Público?
4) Qual qualidade deve ser dispensada para a macrofotografia?

Respondo a seguir:

Primeira resposta – conforme exposição de aula: qualquer projeção do assunto a ser fotografado no sensor da câmera, num tamanho igual maior que o original, é macrofotografia.

Por exemplo, o sensor de uma Nikon D90 mede 23,6 mm por 15,8 mm.


Uma moeda de 1 Real mede 24 mm de diâmetro.


Para fazer uma macrofotografia, a partir da proporção 1:1, a moeda tem de preencher esta mesma dimensão (ou maior) no sensor. A imagem ficaria como abaixo:

Macrofotografia na proporção 1:1.

Veja mais sofre fotografia macro neste blog: "Fotografia macro - tubo extensor".

Segunda resposta – certamente uma câmera DSLR atual com objetiva macro ou adaptador para oferecer essa capacidade é o mínimo, mas compactas com opção macro podem ser úteis. Uma fonte de luz adequada é muitas vezes necessária, pois algumas macros exigem forte iluminação. Neste caso sugiro desde uma lanterna simples de mão até o famoso “ring flash” (foto abaixo).

Ring flash acoplado na câmera.

Terceira resposta – a ideia de que o Poder Público não consegue oferecer recursos materiais adequados precisa ser investigada. Nem todo governo é negligente e nem sempre “só o melhor funciona”. Na gestão pública a relação “custo/benefício” deve ser cuidadosamente analisada. Às vezes uma câmera inferior supre o que uma superior desperdiçaria. Uma vez estabelecida a estrutura física específica para um serviço e solicitado formalmente ao Poder Público, todas as eventuais contingências devem ter sido embutidas no projeto, inclusive depreciações. Isso, à princípio, é o suficiente. Mas, ocorrendo surpresas, podem ser aplicadas algumas estratégias. Mas isso é mais assunto de gestão que de técnica. Embora sempre haja espaço para a criatividade. Consultem “Levantamento papiloscópico 'fotográfico'”. E veja abaixo o que pode ser criativo em matéria de ring flash, comentado anteriormente:

Ring flash "caseiro"! Não testei, mas entrou na minha lista de experimentos!

Quarta resposta – esta pergunta gira em torno de outra: qual qualidade deve ter o serviço público de uma maneira geral? Lembrando ainda que qualidade e recursos possuem relação muitas vezes diretamente proporcional. A ideia de “só o melhor funciona” pode ter uma alta relação custo/benefício e inviabilizar qualquer ideia “menor”. Então, qual é o nível disponível pela tecnologia atual e qual o nível tolerável para oferecer o serviço? Feita essa pesquisa é possível oferecer o que é possível para a população.

Depois do intervalo foram desenvolvidas práticas de macrofotografia. A professora sugeriu fotografar bolinhas de papel sobre as bancas e simulações de impressões papiloscópicas.

Depois do intervalo, aula prática. Todos praticando ao mesmo tempo.

Aldo e Nicholas testando suas câmeras.

 Em seguida foi a vez de se obter fotos de uma reação do luminol. Infelizmente, nem havia espaço, nem condições adequadas para a reação.

Pequena aglomeração para se fotografar a reação de luminol.


Nosso colega Nicholas providenciou a execução do experimento que não produziu resultados satisfatórios para a obtenção das imagens.

Veja mais sobre luz forense e seu registro fotográfico em: "Oficina de luz forense 1", "Oficina de luz forense 2". E uma aplicação prática: "Levantamento papiloscópico - pó branco e fosforescente".


Finalizada a aula da professora Vanessa, a professora Carla Rosana Jung iniciou as exposições a respeito de fotografia em medicina legal. Amanhã, no último dia do curso, teremos aula prática no Instituto Médico Legal de Alagoas.

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